A pesquisa apresentada com o título ¿Justiça restaurativa na escola: entre conflitos e narrativas do cotidiano escolar¿ teve como objetivo analisar a concepção de conflito no ambiente escolar, especialmente no que diz respeito às ações violentas e conflituosas práticas nas escolas, partindo das intervenções possíveis por meio de práticas restaurativas. O estudo foi realizado a partir das experiências restaurativas vividas pelos professores que atuaram na UME Gota de Leite em 2019. Segundo a pesquisadora as práticas restaurativas permitem ao facilitador realizar um processo dialógico visando transformar uma relação de resistência e oposição dos envolvidos na atividade em uma relação de cooperação. Aliada às técnicas de comunicação não-violenta e às práticas circulares, as práticas restaurativas convidam à responsabilização, reintegração e reparação de danos entre os envolvidos em conflitos. A pesquisa adotou a revisão bibliográfica e da narrativa autobiográfica com resgate do saber da experiência vivida que permite mapear os tipos de conflitos recorrentes nas escolas; as experiências mais relevantes com justiça restaurativa nas escolas brasileiras; impactos das práticas restaurativas no cotidiano escolar; visão docente acerca das práticas dialógicas e restaurativas na escola. A pesquisadora afirma que o trabalho realizado a partir das práticas restaurativas na escola resgatou percepções dos professores em relação à garantia do espaço de fala e escuta, à articulação entre pessoalidade e profissionalidade, à sustentação de um território conversacional efetivo e à possibilidade real de criação de vínculos. No entanto, a pesquisa aponta que apesar dos participantes reconhecerem que as práticas restaurativas devem ser trabalhadas no contexto escolar, poucos professores têm incorporaram a necessidade da garantia da presença dos círculos restaurativos em sua prática e rotina educacionais. Foi constado pela pesquisadora que a implementação da justiça restaurativa ocorreu