A dissertação intitulada APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA: DIFICULDADES NO ENSINO E NA PRENDIZAGEM refere-se ao estudo com alunos do 3º ano do ensino fundamental em duas escolas da rede municipal de Recife e teve como objetivo analisar a apropriação do sistema de escrita alfabética pelos estudantes para compreender as dificuldades encontradas por docentes e discentes nesse processo, investigando possíveis causas das dificuldades apresentadas pelos alunos. A metodologia assumida foi a abordagem qualitativa, de natureza explicativa, tendo como instrumentos de coleta de dados, questionários aplicados a docentes do ciclo de alfabetização e aos pais de alunos e observações realizadas em duas turmas de 3º ano do ensino fundamental. Os resultados da pesquisa apontaram que boa parte dos alunos não se apropriam do SEA devido a mediações pedagógicas que não atendem à heterogeneidade presente nas salas de 3º ano, bem como à falta de apoio familiar a esses alunos. As observações evidenciaram também que há uma contradição em ralação a teoria/prática, pois professores que se dizem construtivistas não adotam estratégias para ajudar os alunos a avançar, não favorecem trabalhos em duplas ou grupos e não propõem atividades desafiadoras que atendam a essa diversidade. Os pais, por sua vez, apontam para o número de licenças tiradas pelas docentes. As observações demonstraram que os professores ainda sentem dificuldades na classificação dos alunos segundo sua hipótese de escrita e que o monitoramento das atividades não é realizado com frequência, o que dificulta que pensem sobre atividades necessárias para que as crianças possam avançar a partir de suas hipóteses sobre o sistema de escrita alfabética. A pesquisa tem relevância ao apontar as dificuldades dos professores e a necessidade de formação continuada destes, além da necessidade do envolvimento da família nos processos de aprendizagem dos filhos. A pesquisa é coerente com as pesquisas desenvolvidas no Programa .